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sábado, 9 de abril de 2011

arquivo de historia da arte-parte 1


Historia da arte

O homem e a sua interferência no meio


Somos capazes de criar e recriar coisas conforme necessitamos, pois temos uma imaginação fértil e muito criativa, é claro que uns mais, outros menos, mas o importante é que o cérebro é o maior responsável por todo esse trabalho.
Ao olharmos a nossa volta, percebemos a grande quantidade de informações que o mundo nos oferece, nossos olhos captam essas informações e o cérebro decodifica de pulsos eletromagnéticos para imagem. Os outros sentidos assim como a visão capturam do ambiente as sensações e enviam para o cérebro o que fora percebido. Inicialmente, aqui falaremos da visão, pelo fato de a pintura estar diretamente ligada a visão em sua criação, os outros sentidos são complemento ao qual o artista transmite em suas criações. A musica tem a audição e a voz  a sua plataforma de criação; a escultura o tato e a visão; o perfume o olfato; a culinária o paladar, olfato e a visão.
Necessitamos não somente de um ou dois órgãos dos sentidos, mas de todos sincronizados. Mas, você pode até perguntar, e quanto àqueles que são considerados como “deficientes”? Essas pessoas por possuírem essas dificuldades, não se limitam, pois conseguem adaptar-se a dificuldade suprindo a sensação ausente com o aprimoramento de outro sentido.
Alguns pintores, escultores, músicos, entre outros domínios da arte possuíam alguma dificuldade, mas nem por isso permitiam que seu corpo fosse limitado, ou seja, incapaz de fazer ou criar algo por alguma dificuldade. O escultor Aleijadinho, esculpia suas obras com as mãos enfaixadas por possuir chagas nas mãos; Beethoven possuía um certo grau de surdez, mas mesmo assim criou obras até então escutadas. Qual a sua habilidade? Em que área artística você se identifica?
Quando criança, de dois a três anos de idade, a coordenação motora de uma criança ainda é descoordenada, e quando passa dos três anos, a criança passa a retratar o que mais percebe o rosto daqueles que a amam. E quando passa dos oito, o desinteresse por aquilo que tanto fazia, preenche sua criatividade. Frases como “não sei desenhar!”, ou “isso é difícil!”, mostra a preguiça mental de buscar tentar reproduzir aquilo que observa. Com isso atesta-se que, mente ociosa é pouco produtiva.
Nós fazemos arte vinte e quatro horas por dia, escrevemos, pintamos, cantamos, fazemos encenação. A arte faz parte da nossa vida e mesmo que quiséssemos, não conseguiríamos fugir dela, porque até quando pensamos, estamos criando arte.
A partir de hoje, assim que você terminar de ler este texto, você estará ou não ciente de que começou a estudar a história da arte e a arte como ela pode ser vista, não apenas como um informativo, mas algo que poderá ser usado sempre que você quiser criar ou recriar algo... Bom estudo!



01-A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA
O período da pré-história é o momento mais marcante na arte, pois é nessa época que o homem passa a expressar aquilo que ele observava na natureza. Sua arte rupestre tem inicio no período paleolítico, onde a partir do momento em que o homem passa a recriar aquilo que observa, mostra a sua capacidade de observação, releitura e abstração artística. Exemplos comprovados em muitas cavernas e paredões de montanhas na Europa e alguns estados brasileiros.
Paleolítico ou idade da pedra lascada
Chamado por arte rupestre ou naturalismo, a arte no paleolítico é definida assim, porque num período passando além de 160.000 a.C o homem ao criar uma forma de retratar aquilo ao qual convivia, percebeu na arte uma forma de repasse de conhecimento. Acredita-se que ao pintar bisontes, veados, mamutes e outros animais nas paredes das cavernas, os mesmos estariam espiritualmente aprisionados pelos caçadores, facilitando assim a sua caça e/ou morte. Essa forma de retratação servia também para que os mais jovens reconhecessem os animais a serem caçados.
Pontas de lanças, facas, e outros instrumentos de caça ou utensílio feitos de pedra lascada, denominam este período, pois com essa técnica, era possível fazer o que era necessário para qualquer ocasião. Batendo pedra contra pedra, em um determinado ângulo, força e uma pedra que possa ser lascada em vez de esfarelar, você poderia criar uma lamina ou uma ponta de lança. Era comum o homem nesse período utilizar ossos, madeira e outros objetos encontrados na natureza para a criação de artifícios utilizados no seu dia-a-dia, e durante as caçadas.
pintura rupestre: impressão de mãos na pedra.
Na pintura, sangue, gordura animal, carvão, pedras de tons amarelados, avermelhados e vegetação, poderiam criar as tinturas necessárias para pintar nas paredes. Como nesse período não existia papel ou lápis, eles tinham que utilizar o que havia na natureza para poder criar. Algumas técnicas utilizadas na pintura rupestre até hoje são utilizadas nas criações artisticas, quando relacionados a animais e natureza morta.
Na pintura, o hominídeo utilizou os pigmentos encontrados na natureza e os dispôs em tonalidades que vinham dos tons mais claros para o mais escuro, ou seja, dos torrões de ocre amarelo para o carvão (preto).
Umas das primeiras identificações da existência humana foram às impressões em negativo das mãos, utilizando sangue carvão e gordura animal para imprimir a imagem da mão, onde o artista sopra essas tinturas diretamente sobre a mão, deixando apenas a silhueta da mão vazada, mostrando assim o suporte, ou seja, a parede da montanha.
pintura rupestre: impressão de mãos usando a mesma na tecnica de máscara
Caso você queira experimentar esta técnica, claro, sem ter que utilizar sangue e gordura animal, pegue pedras de tijolo ou telha de tons vermelho e amarelo, substituindo o torrão de ocre, amarelo e vermelho, ou pedras com tonalidades aproximadas de cada uma destas cores; carvão e folhagens (caso você queira acrescentar a cor verde). Quando você perceber, está produzindo uma arte rupestre, com materiais adquiridos na sua realidade, em questão, sua cidade.
O homem no paleolítico era nômade, ou seja, necessitava migrar de uma localidade para outra em busca de alimento, pois, os animais também migravam em busca de alimentos. Por este motivo, algumas marcas deixadas pelo homem em encostas serviam com anuncio da sua permanência temporária naquela localidade. E tudo começa na África, e se espalha pela Europa, Ásia e por fim, as Américas.

Neolítico ou idade da pedra polida
Entre o período do paleolítico e o neolítico, descreve-se um período entre o paleolítico superior e o mesolítico, período este anterior ao neolítico, o homem passou por um período denominado “Era Glacial”, ou “idade do gelo” e por esse motivo teve que se abrigar em cavernas para fugir do frio. Nesse momento, ele passa a pintar bisontes, veados, cavalos e outros animais nas paredes das cavernas, é nesse momento que ele cria a pinturas em umas das mais conhecidas cavernas na Europa, a caverna de Altamira.
A caverna de Altamira encontra-se ao norte da Espanha nas coordenadas geográficas, N (43º22’ a 43º26’) e O (4º09’ a 4º03’), não é uma localização exata, mas a mais próxima de sua localização real. Nesta caverna, existem pinturas de bisontes e outros animais e outras obras. Entretanto, falar de arte rupestre e não falar da caverna de Lascaux deixaria esse material um tanto pobre, nesta caverna localizada ao sul da França, nas coordenadas geográficas N 45º03’14.4”e E 1º10’12”, existem outros acervos de mesma proporção artística. Assim como mostram as imagens.
A arte rupestre (rupe=rocha; pedra), tem uma diversidade técnica, na qual até hoje se preservam, principalmente pelo fato de estarem protegidas das intempéries climáticas, e com isso, o grau de umidade e temperatura ficam constantemente estáveis para a preservação das imagens.
Entretanto, com a abertura das cavernas para visitações, puseram em risco as obras, pois o dióxido de carbono danifica as pinturas por se impregnar às pigmentações utilizadas naquele período (a Pré-história). O sangue em contato com o dióxido de carbono, ele escurece, e com o tempo perde suas propriedades e por fim desaparece. Além do mal do dióxido de carbono, existe o risco das pessoas que tocam na obra e com isso passam para a pintura, bactérias, suor, saliva, etc.
Muitas obras também se perdem por existirem pessoas com pouco conhecimento, e por isso depredam em atos de vandalismo essas raridades de nossa historia.

A arquitetura no neolítico
Com a vida sedentária do neolítico, o homem passou a criar a arquitetura, utilizando megalítos (pedras/rochas grandes).
Os megalítos são classificados como: menir; cromeleques e dólmen. O menir é uma pedra na vertical e tem como informação de marco, demarcando uma localidade onde se encontra um morto, ou uma sepultura; o cromeleque tem como função assim como o dólmen, de delimitar, ou mostrar que ali existe um local sagrado, túmulo, ou algo onde ocorrem rituais. Existem outras informações quanto a esses megalítos; e como exemplo, utilizo o santuário de StoneHenge.
Estas pedras gigantes tem também a função de relógio solar, indicando a primavera, onde nesse período o homem das cavernas em seus rituais pedia por dias de mais fartura.
A pintura no paleolítico e neolítico
A pintura rupestre no paleolítico tinha como base de inspiração tudo àquilo que existiam na natureza, como bisontes, cavalos, rinocerontes, mamutes, veados, etc. a técnica de pintura consistia em utilizar tinturas adquiridas a partir de sangue, gordura animal, carvão, torrões de ocre amarelo e vermelho.
A pintura começava das cores mais claras, como amarelo, alaranjado, vermelho, até chegar no preto. Essa técnica de colorização é utilizada até os tempos atuais.
Assim como no paleolítico, os artistas no neolítico também pintavam em paredes das cavernas, mas os desenhos passaram a ser simples e com a presença humana envolta em caças, danças, guerras e/ou rituais.
As pinturas nas paredes das cavernas são conhecidas por Pintura Rupestre, a palavra “rupe” significa pedra, rocha. A pintura rupestre tem presença nas cavernas de Lascaux e Altamira, mas também está presente em outras localidades na Europa e no Brasil.
A escultura





























































A escultura na pré-história tem como exemplo principal, a Venus de Willendorf, encontrada pelo arqueólogo Joseph Szombathy em 1908, próximo da cidade de Willendorf na Áustria. E data aproximadamente uns 24.000 anos atrás. Seios volumosos, abdômen protuberante e quadris largos, provavelmente denotam um fetiche de fertilidade, simbolizando abundancia, mas também o ideal feminino da época. Acredita-se que com um quadril largo, seios volumosos, os filhos do casal seriam fortes e saudáveis.
As esculturas criadas na pré-história eram feitas de ossos, marfim, chifres, ou pedra. O homem nesse período utilizava qualquer objeto encontrado na natureza para criar suas obras, que até então mostram a capacidade de abstração criativa.